Classe média no alvo: R$ 30 bi em crédito para reformas em imóveis

Nova linha de crédito para reformas prevê juros de até 1,5% ao mês, recursos do Fundo Social do Pré-Sal e R$ 30 bilhões em empréstimos subsidiados até 2026.

Foto: LigaNews.

O governo prepara uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para reformas habitacionais em 2025 e 2026. Famílias de menor renda poderão pegar empréstimos com juros de até 1,5% ao mês — bem abaixo da Selic (15% ao ano). A conta? Sai do Fundo Social do Pré-Sal, com subsídios bancados pelo Tesouro.

Um puxadinho político?

A medida tem cheiro de aceno eleitoral à classe média. Lula já tinha prometido crédito para quem quer “um quartinho a mais para a filha” ou “um puxadinho na garagem”. Agora, o detalhe crucial está no desenho: famílias mais vulneráveis terão garantia do FGHab, que cobre inadimplência. Já as faixas mais altas pagam um pouco mais caro — mas ainda menos que no mercado.

Subsídio invisível, dívida bem real 💸

O subsídio é “implícito”: não aparece no Orçamento, mas aumenta o endividamento público. A lógica é simples: o Tesouro se financia pagando juros próximos à Selic, mas empresta às famílias por menos. Diferença? É a União que banca.

E o mercado da construção, como fica?

Enquanto o Minha Casa, Minha Vida já domina os lançamentos, a linha de crédito para reformas pode virar motor extra da construção civil, ajudando a compensar a desaceleração da economia. No fim, mais gente reformando significa mais obra, mais emprego e mais cimento vendido.

A conta fecha? 🤔

Com limite de R$ 1 bilhão no fundo garantidor, o governo terá de calibrar até onde consegue segurar a inadimplência. E, claro, há a velha questão: até que ponto esse programa é sobre política habitacional... e até que ponto é sobre eleição?