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Como a construção civil cresce mesmo com a Selic em 15%

  • Foto do escritor: Redação Liga News
    Redação Liga News
  • 11 de ago.
  • 2 min de leitura
Mesmo com o crédito mais caro e a poupança encolhendo, o setor encontra no Minha Casa Minha Vida e no mercado de trabalho aquecido a receita para continuar crescendo.

Como a construção civil cresce mesmo com a Selic em 15%
Imagem: Sora.
O Brasil está vivendo uma contradição curiosa: a taxa Selic estacionada nos 15% ao ano e, ainda assim, a construção civil segue crescendo. Não é mágica: é uma mistura de renda real em alta, mercado de trabalho aquecido e programas habitacionais que não param de criar novas oportunidades. Mas... até quando esse fôlego aguenta?

💰 Minha Casa Minha Vida versão “turbinada”

A grande estrela do momento é a Faixa 4 do MCMV, que financia imóveis de até R$ 500 mil para famílias com renda de até R$ 12 mil. O juro? 10% ao ano — menor que a média praticada pelos bancos (11,3% a 13,5%).

O impacto foi imediato: entre as incorporadoras listadas no programa (Cury, Direcional, MRV, Plano & Plano e Tenda), o VGV lançado subiu 28% em um ano, chegando a R$ 9,1 bilhões no 2º tri.

🏢 Estratégia das incorporadoras

Antes da Faixa 4, a fórmula era apostar nos dois polos: baixa renda (MCMV) e alta renda (menos dependente de financiamento). Agora, o mercado médio começa a ganhar protagonismo, puxando lançamentos e vendas mesmo com o custo do crédito apertando.

📈 Cimento em alta

Outro termômetro da construção é a venda de cimento. Em julho, o setor movimentou 6,1 milhões de toneladas, alta de 3,1% sobre 2024. No acumulado do ano, a alta é de 3,7%. O motor? Mercado imobiliário firme e emprego formal batendo recordes.

🏗️ Mercado imobiliário segue vendendo

A busca por comprar a casa própria segue passando do sonho para a realização. As vendas cresceram 16% no primeiro trimestre de 2025, mas parecem ser tolhidas pelas condições do mercado de crédito brasileiro.

Em resumo, no primeiro semestre deste ano, o mercado começou a sentir com mais força os impactos da curva de alta da taxa básica de juros que vem em ascensão desde o segundo semestre de 2024 e pressiona ainda mais o custo de uma carteira de crédito que já convive com uma restrição de recursos da sua fonte mais barata: a Caderneta de Poupança.

🏦 O calcanhar de Aquiles: a poupança

O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) está sofrendo: de janeiro a maio, só 24,1 mil unidades foram financiadas com seus recursos, queda de 62,9% sobre 2024. Em valores, a queda foi de R$ 15,5 bi para R$ 7,1 bi (-54,1%). Alternativas existem, mas são mais caras — e isso pode travar a compra para boa parte da população se a renda real perder ritmo.

🚀 O que vem por aí?

O cenário continua desafiador: Selic alta, INCC subindo 7,54% nos últimos 12 meses e crédito mais seletivo. Para o médio e alto padrão, onde o repasse só acontece na entrega das chaves, o aperto é ainda maior.

O ponto é: a construção está se mantendo graças a um conjunto de condições que pode não durar para sempre. Quem está no setor sabe que a maré está boa agora, mas precisa remar rápido, porque, com juros altos, qualquer virada de vento é perigosa.

 
 
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