Crédito mais difícil? O setor da construção já tem a resposta
- Redação Liga News

- 26 de jun.
- 2 min de leitura
Enquanto os bancos destinam mais recursos para o comprador, incorporadoras relatam aumento expressivo na dificuldade de financiar obras — e o setor sente os efeitos da alta dos juros e da burocracia.

O acesso ao crédito para incorporadoras praticamente dobrou de dificuldade em um ano, segundo a nova sondagem do FGV Ibre.
Em maio de 2024, 22% das empresas apontavam dificuldade para conseguir financiamento. Um ano depois? 43%.
📉 A origem do problema não é a falta de dinheiro. É pra onde ele vai.
Enquanto os bancos priorizam o crédito imobiliário para compradores de imóveis, o crédito para a produção das obras segue encolhendo: caiu 49% entre janeiro e abril, segundo a Abecip. No mesmo período, o crédito para compradores subiu 20%.
🏗️ Produzir ficou caro. E burocrático.
O levantamento do FGV Ibre mostra que:
60% das incorporadoras que buscaram crédito queriam financiar a produção;
Mas 46% nem tentaram pedir financiamento;
E entre os que não tentaram, o motivo foi claro: juros altos demais (apontados por 44% das incorporadoras e 47% das empresas de construção em geral);
A burocracia foi o segundo principal entrave, citada por 30%.
🏦 Os bancos ainda mandam (mas o jogo começa a mudar)
Mesmo com o crescimento do mercado de capitais, os bancos continuam sendo a principal fonte de financiamento do setor:
82% das construtoras residenciais usam bancos (privados ou públicos);
59% das incorporadoras também.
Enquanto isso, só:
8% das construtoras,
e 3% das incorporadoras, acessaram o mercado de capitais com instrumentos como CRI ou LCI.
Mas esse cenário está mudando. Em 2019, LCIs, CRIs e LIGs somavam 16% do crédito imobiliário. Em 2024, já são 33%.
📉 Poupança e FGTS perdem protagonismo
Fontes tradicionais, como:
Poupança, que caiu de 46% (2019) para 34% (2024),
FGTS, que recuou de 38% para 33%,seguem relevantes, mas perdem espaço.










