Compactos dominam os lançamentos em SP — e seguem em alta mesmo com juros e inflação
- Redação Liga News
- 11 de jun.
- 2 min de leitura
Mesmo com pressão nos custos da construção, os apartamentos compactos seguem com forte demanda e ganham espaço nos portfólios das incorporadoras em São Paulo.

Em São Paulo, os imóveis encolheram. E ganharam espaço.
Mais de 70% dos lançamentos residenciais na capital paulista têm menos de 45 m², segundo o relatório Brazilian Homebuilder - Heatmap, do Goldman Sachs.
É o maior percentual já registrado. E não é só questão de preço.
📦 Tamanho reduzido, lógica estratégica
A busca por imóveis menores tem múltiplas causas:
Alto custo do metro quadrado em regiões centrais.
Demanda por localização com infraestrutura consolidada.
Perfil dominante de público: jovens, solteiros e investidores.
Apesar da metragem compacta, esses produtos garantem alta rotatividade e maior diluição de custos por unidade — algo valioso em tempos de inflação e pressão por margem.
📊 Vende rápido? Quase sempre.
Em muitos períodos, os compactos apresentam menor tempo de inventário — ou seja, giram mais rápido. Mas o relatório do Goldman alerta:
➡️ O desempenho não é constante em todas as janelas analisadas.
Ou seja: compactos vendem bem, mas não são infalíveis. Eles funcionam melhor em regiões de alto adensamento urbano, como o centro expandido de São Paulo.
📈 Inflação alta? Compacto responde
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) subiu 7,1% nos últimos 12 meses, puxado por insumos. Mas os compactos ajudaram as incorporadoras a absorver o impacto.
➡️ Menor custo por unidade
➡️ Obras mais rápidas
➡️ Diluição de custos fixos
➡️ Alta demanda de locação
É um produto que permite ganho de escala e resiliência operacional — especialmente nos segmentos de média e alta renda, onde há mais margem para repasse.
💼 E no mercado financeiro?
A lógica agrada os investidores. Segundo o Goldman Sachs, o setor mantém estabilidade operacional mesmo diante de custos mais altos.
Produtos de giro rápido
Demanda sustentada
Margens preservadas
Como resume Luiz França, presidente da Abrainc:
“A sinergia entre localização estratégica e ticket de entrada mais acessível mantém os compactos entre os produtos mais procurados do setor.”