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Construtoras dispararam 246% em 12 meses após corte de juros: 2026 pode repetir a história?

  • Foto do escritor: Redação Liga News
    Redação Liga News
  • 29 de ago.
  • 2 min de leitura
Histórico mostra que construtoras podem se valorizar até 246% após cortes da Selic — mas 2023 lembra que nem todo ciclo traz festa para o setor.

Construtoras dispararam 246% em 12 meses após corte de juros: 2026 pode repetir a história?
Imagem: Freepik.
O mercado já dá como certo: o Copom deve começar a cortar juros só em 2026. Até lá, paciência. Mas a expectativa de inflação mais baixa no fim de 2025 alimenta o otimismo: afinal, quando a Selic cai, a renda fixa perde brilho e os investidores voltam os olhos para a bolsa.

Será que a construção civil vai repetir a festa dos ciclos passados?

📊 O histórico não deixa dúvidas (ou deixa?)

Um estudo da analista Bruna Sene (Rico) mostra que, quando os juros caem, as ações do setor costumam decolar. Em 2005, o setor disparou 165,7% em seis meses e 161,7% em 12 meses. Em 2009, foi ainda mais surreal: +133,3% em seis meses e +246,4% em um ano.

Mas nem tudo são flores: em 2023, mesmo com afrouxamento monetário, o setor afundou quase 20%. Ou seja, a correlação não é matemática.

🏗️ O efeito Selic no tijolo

O raciocínio parece simples: juros altos = crédito caro = menos lançamentos e margens pressionadas. Juros baixos = crédito barato = procura maior por imóveis.

“Com a queda dos juros, pode haver uma reprecificação dos ativos e estímulo à demanda”, explica Tales Barros, da W1 Capital.

Mas tem quem jogue um balde de água fria: para Malek Zein (Eleven), o impacto da Selic hoje é menor do que no passado, já que as construtoras financiam 85% das obras via Plano Empresário, com taxas subsidiadas de 11% a 12% (bem abaixo da Selic).

💡 Então, onde está a oportunidade?

Se os cortes vierem em 2026, a aposta de parte do mercado está nas blue chips da construção. EzTec (EZTC3), Cyrela (CYRE3) e Moura Dubeux (MDNE3) aparecem entre os favoritos dos analistas.

A Tenda (TEND3) também entra no radar pelo histórico de boa execução e geração de caixa: mesmo atuando no segmento de baixa renda.

🤔 E agora?

O investidor se pergunta: estamos diante de um novo 2009 ou de um repeteco de 2023?A resposta pode estar em dois fatores: o ritmo da Selic e a capacidade do setor de surfar o subsídio estatal sem depender exclusivamente do humor do Copom.

O certo é que a construção civil segue sendo um dos setores mais sensíveis à dança dos juros. E, se a queda de fato vier em 2026, prepare-se para ver o mercado testando de novo essa velha (e perigosa) correlação.
 
 
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