2026 no radar: o que o PIB revisado da construção antecipa para o próximo ciclo
- Redação Liga News
- há 1 dia
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A revisão do PIB da construção civil aponta desaceleração em 2025, mas também indica um cenário de retomada gradual em 2026, com foco em eficiência, crédito e novos investimentos.

O corte na projeção do PIB da construção civil — de 2,3% para 1,3% em 2025 — assustou à primeira vista. Mas, segundo a CBIC, o setor não está perdendo força. Está apenas… respirando.
“Achamos que o PIB da construção em 2026 vai crescer mais do que neste ano”, afirmou o presidente da entidade, Renato Correia. Já a economista-chefe, Ieda Vasconcelos, reforçou que o cenário atual não é o fim do ciclo, mas uma acomodação natural após anos de alta.
📊 O motivo do ajuste? Juros altos que frearam novos projetos, reduziram contratações e seguraram a compra de materiais de construção para pequenas reformas — um reflexo direto do aperto no bolso das famílias.
💸 2026 promete — e o crédito é o motor
Mesmo com o ritmo mais lento, o setor já se prepara para voltar a acelerar. O corte da Selic e o pacote de medidas anunciadas pelo governo podem recolocar o mercado em movimento.
Entre elas, o destaque é o programa de crédito para reformas, com R$ 40 bilhões de orçamento. “Os R$ 40 bilhões vão ajudar a recompor a demanda por materiais no varejo e a elevar o PIB da construção”, explicou Correia.
Além disso, outro pacote de R$ 40 bilhões liberados dos depósitos compulsórios da poupança deve impulsionar o crédito imobiliário. E, nos bastidores, estudos avançam para direcionar mais recursos do FGTS ao Minha Casa, Minha Vida.
💬 Em outras palavras: vem aí um 2026 de mais obras, mais reformas — e mais cimento sendo vendido no balcão.
🧱 Obra tem, e muita
Apesar do tom de “freio de arrumação”, há motivos para otimismo. Segundo a CBIC, os recordes de lançamentos imobiliários recentes se transformam agora em canteiros ativos. Ou seja, há muitas obras em andamento e outras por começar.
E não é só no setor privado: obras de infraestrutura também estão saindo do papel graças a concessões já contratadas. Soma-se a isso o calendário eleitoral — e o histórico mostra que anos de eleição costumam ver o ritmo de obras acelerar.
🏗️ “O nível de atividade ainda é elevado”, lembrou Ieda Vasconcelos.
👷♂️ Emprego em alta (mesmo com o freio puxado)
A construção civil chegou a 3,05 milhões de trabalhadores com carteira assinada em agosto, quase batendo o recorde histórico de 2013 (3,07 milhões).
📈 Foram 89 mil novas vagas nos últimos 12 meses — um número menor que no ciclo anterior, mas ainda expressivo para um setor que lida com juros de dois dígitos.
Todos os segmentos cresceram:
Construção de edifícios: +3,02%
Obras de infraestrutura: +1,75%
Serviços especializados: +3,98%










