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Nova política de crédito habitacional libera R$ 20 bi e promete dobrar o fôlego do financiamento imobiliário

  • Foto do escritor: Redação Liga News
    Redação Liga News
  • 8 de out.
  • 3 min de leitura
Com nova engenharia financeira, governo libera recursos da poupança e promete destravar o crédito para a classe média — enquanto mira dividendos políticos em 2026.

Nova política de crédito habitacional libera R$ 20 bi e promete dobrar o fôlego do financiamento imobiliário

O governo vai liberar R$ 20 bilhões em crédito habitacional imediato, sem precisar passar pelo Congresso. O novo modelo, desenhado por BC, Fazenda, Cidades e Caixa, será lançado nesta sexta (10), em São Paulo — palco escolhido a dedo, onde governa o provável rival do Planalto nas eleições de 2026.

A jogada é simples (e estratégica): menos amarras, mais crédito e mais visibilidade política. Os bancos poderão usar parte dos depósitos compulsórios, desde que aumentem a oferta de financiamentos para a casa própria.

💸 Um sistema que se paga sozinho?

Na prática, a cada R$ 1 emprestado em crédito habitacional, o banco poderá liberar o mesmo valor da poupança para outros usos — por até cinco anos. É uma forma de dar liquidez sem soltar o freio do crédito.

O BC vai liberar 5 pontos percentuais do compulsório, hoje em 20%, para quem aderir ao novo modelo. Isso deve injetar entre R$ 20 e R$ 25 bilhões de imediato, podendo chegar a R$ 37,5 bilhões se todos os bancos embarcarem. A Caixa será a primeira a testar o sistema.

Parece técnico? É — mas o efeito é concreto: mais dinheiro circulando e mais chance de manter juros competitivos mesmo em tempos de Selic alta.

🏠 De R$ 1,5 milhão para R$ 2 milhões

Outra mudança importante: o teto do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) sobe de R$ 1,5 milhão para R$ 2 milhões. Um ajuste que corrige a defasagem desde 2019 e reconhece o novo patamar de preços dos imóveis — especialmente nos grandes centros.

Isso também abre espaço para financiamentos de médio e alto padrão, que vinham travados, e cria uma ponte entre o Minha Casa Minha Vida e o mercado de luxo.

📊 O “fim do carimbo” na poupança

Atualmente, os bancos precisam direcionar 65% dos depósitos da poupança para crédito imobiliário e manter 20% parados no BC. A nova regra acaba com esse “carimbo”: o dinheiro poderá ser usado livremente, desde que o banco mantenha o ritmo de concessão de financiamentos.

Ou seja, liberdade com contrapartida.

Os prazos variam conforme o valor do imóvel:
  • até R$ 1 milhão → 7 anos;
  • de R$ 1 a R$ 2 milhões → 6 anos;
  • acima de R$ 2 milhões → 5 anos.

Terminou o prazo? O banco precisa emprestar de novo para continuar com o benefício.

Matemática política e econômica

Segundo o governo, a lógica é usar os ganhos das aplicações livres para segurar os juros dos financiamentos habitacionais. As projeções indicam que essa equalização pode manter o custo do crédito estável — mesmo com o aperto monetário.

Além disso, 80% dos recursos liberados deverão ir para o SFH, com juros máximos de 12% ao ano, e 20% para o SFI, a taxas de mercado. Uma espécie de “cota social” dentro do sistema financeiro.

🏗️ Classe média no radar eleitoral

O ministro das Cidades, Jader Filho, foi direto: a medida é para a faixa de renda esquecida pelo sistema.

Quem ganha até R$ 12 mil tem o Minha Casa Minha Vida. Quem ganha R$ 16 mil, não tem crédito porque a poupança secou.”

Traduzindo: é o público da classe média alta, que ficou sem alternativas. E também o público-alvo de qualquer eleição.

🔮 2027: o novo ciclo do crédito

O plano será testado até 2026 e entra em operação plena em 2027 — justamente o fim do mandato atual. Coincidência? Pouco provável.

As projeções técnicas indicam que, com o novo modelo, o crédito imobiliário pode saltar de R$ 90 bilhões para R$ 200 bilhões em dois anos.

Se funcionar, o governo garante um duplo retorno: impulsiona o mercado e ainda turbina o discurso econômico de 2026.
 
 
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