Novo PAC encolhe: 11 mil obras paradas e orçamento em queda para 2026
- Redação Liga News

- 19 de set.
- 2 min de leitura
PAC perde verba em 2026, enquanto 50% das obras federais seguem paradas pelo país.

O governo Lula enviou ao Congresso o Orçamento de 2026 com uma surpresa pouco animadora: menos recursos para o Novo PAC e para a continuidade de obras já em andamento. Saúde e educação ficaram com fatias maiores (até porque a Constituição manda), mas quem paga a conta, mais uma vez, é a infraestrutura.
📉 Menos PAC, mais problemas
Os números não mentem: o PAC perdeu fôlego, caindo de R$ 60,5 bi (2025) para R$ 52,9 bi em 2026. Parece aumento em relação ao gasto real de 2024, mas na prática é encolhimento frente ao que havia sido prometido.
E pior: o valor reservado para obras em andamento caiu de R$ 25,6 bi para R$ 19,2 bi — bem abaixo do que o próprio governo havia sinalizado meses atrás.
🏗️ O cemitério de obras paradas
O Tribunal de Contas da União (TCU) já cravou: metade das obras federais no Brasil estão paradas. São 11.469 esqueletos de concreto espalhados pelo país. Entre eles:
A duplicação da BR-381 em Minas,
A macrodrenagem em Santos (SP),
O Hospital Oncológico de Brasília, que deveria estar pronto em 2025 mas tem só 2,07% de execução — hoje mais parecido com um matagal do que com um hospital.
💸 O ajuste de sempre: cortar no investimento
Segundo a Abdib, o Brasil investiu 2,22% do PIB em infraestrutura em 2024, o maior desde 2010. Parece bom? Nem tanto: o país precisaria investir quase o dobro (4,3%) só para rodar a economia no ritmo certo.
Roberto Guimarães, da entidade, resume: “Parar uma obra não só deixa de entregar o serviço, como cria gasto extra com vigilância e manutenção. É custo duplo e benefício zero.”
📊 O dilema do orçamento
Por que a tesoura?
O PIB projetado para 2026 cresceu → o piso de investimentos subiu, exigindo mais recursos.
Saúde e educação, que têm gastos obrigatórios, abocanharam o aumento da receita.
Sobrou menos espaço para o PAC e para obras em andamento.
O resultado: mais promessas de legado, menos entrega no canteiro.
🏛️ Obras simbólicas ameaçadas
Entre os projetos que podem sentir o baque estão:
A reconstrução do Museu Nacional (RJ),
O Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde da Fiocruz,
E rodovias e ferrovias estratégicas do país.










