Cury cresce 29% nas vendas e planeja mais lançamentos com o MCMV turbinado

Joint venture entre Cyrela e Cury aproveita novo teto do MCMV para turbinar resultados e estuda aumentar o plano de lançamentos no ano.

Empreendimento Cury — Foto: Julio Bittencourt/Valor.

A Cury Engenharia, joint venture entre a Cyrela e a Cury Empreendimentos, cravou R$ 2,3 bilhões em vendas líquidas no 2º trimestre — alta de 29% vs. o mesmo período do ano passado. O avanço foi impulsionado pelos nove lançamentos do trimestre (seis em São Paulo e três no Rio), que somaram um VGV de R$ 2,2 bilhões (+28% YoY).

🏘️ Minha Casa, Minha Vida puxa as vendas

Nada menos que 92,8% das vendas do trimestre saíram dentro do novo teto do Minha Casa, Minha Vida, hoje de até R$ 500 mil.

O diretor de RI, Ronaldo Cury, disse à Reuters que antes da ampliação do programa, cerca de 30% dos empreendimentos ficavam fora do MCMV. Com o ajuste, praticamente tudo entra. “Isso ajuda bastante a gente”, comentou.

E sinalizou que o plano de lançamentos para o ano deve até crescer, mas sem abrir detalhes.

📉 Geração de caixa cai, mas tem justificativa

A geração de caixa foi de R$ 103,3 milhões, queda de 32% vs. 2T24. Segundo o diretor, a redução veio do novo cronograma da Caixa Econômica Federal para repasses — que deixou um saldo a receber de R$ 210,2 milhões fora do caixa do trimestre.

“Não fosse a mudança de regra da Caixa… esses valores já teriam sido computados como geração de caixa.”

💵 Preços e giro

O preço médio das vendas subiu 2,7%, para R$ 309,7 mil. Já a VSO líquida recuou para 47,5%, ante 50,5% no 2T24 — um reflexo direto do maior volume de lançamentos no período.

🌎 O que isso mostra?

Que o MCMV virou o motor dominante para empresas como a Cury, que vão calibrando seus projetos para caber no teto do programa, garantir liquidez e acelerar lançamentos.

A ver se o crédito e o apetite do consumidor seguram esse ritmo nos próximos trimestres.