Venda de cimento cresce 4,6% no país em setembro, mas setor reduz expectativa para 2025
Redação Liga News
9 de out.
2 min de leitura
Mesmo com alta nas vendas em setembro, indústria do cimento reduz projeções e adota tom cauteloso para 2025.
Em setembro, o Brasil vendeu 6,1 milhões de toneladas do insumo, um avanço de 4,6% em relação a 2024, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic).No acumulado do ano, já são 50,3 milhões de toneladas, alta de 3%. Parece sólido, mas o tom é de moderação.
📊 Cresce, mas desacelera
Nos últimos 12 meses, o total chegou a 66,1 milhões de toneladas, alta de 3,2%. Só que, por dia útil, as vendas caíram 1,9%. É aquele paradoxo típico da construção: sobe no geral, mas oscila no curto prazo.
O Snic agora fala em crescimento de apenas 2% em 2025 — bem abaixo dos 3% a 3,5% previstos no início do ano. Ou seja: o setor trocou o capacete pela calculadora. 🧮
💬 “Resiliência, mas com cautela”
Foi assim que o presidente do Snic, Paulo Camillo Penna, definiu o momento. “A indústria demonstra resiliência ao manter uma performance positiva, mas o aumento das incertezas econômicas exige cautela”, afirmou. Tradução: o setor está andando, mas olhando o chão.
🏘️ Habitação e infraestrutura: os pilares da demanda
Penna destaca que o foco em habitação social e pavimentaçãode concreto deve sustentar o consumo. Com o Minha Casa Minha Vida reaqueceu o mercado e o PACganhando ritmo, o cimento ainda tem fôlego — mesmo com os juros e a inadimplênciapesando no bolso do consumidor.
🔎 O cenário por trás do saco de cimento
De um lado, emprego e obras em alta. De outro, endividamento e crédito travado. Essa “dupla personalidade” explica por que a indústria prefere revisar expectativas agora do que encarar um tombo mais à frente.
O recado é claro: 2025 será de construção — mas sem euforia.