Mercado imobiliário cresce até 367% mesmo com juros altos; entenda
- Redação Liga News

- 14 de out.
- 2 min de leitura
Mesmo com crédito caro e Selic a 15%, o mercado imobiliário cresceu até 367% em capitais como Florianópolis, Recife e São Paulo — e mostrou que a demanda real segue firme.

Mesmo com os juros ainda altos, o mercado imobiliário mostrou força surpreendente no primeiro semestre de 2025. Dados da ABRAINC, com base no sistema GeoBrain, revelam que o setor cresceu em praticamente todas as 12 capitais analisadas — de Florianópolis a Recife, passando por São Paulo, Brasília e Curitiba.
O VGV (Valor Geral de Vendas) de lançamentos subiu 50% e o de vendas, 43%, em comparação ao mesmo período de 2024. Em número de unidades, os lançamentos cresceram 24% e as vendas 29%.
Mas a pergunta é: quem puxou essa retomada? 👇
🏖️ Florianópolis lidera e se torna queridinha dos investidores
A capital catarinense foi o destaque absoluto. O VGV de lançamentos explodiu 367%, e as vendas subiram impressionantes 170%.O preço do metro quadrado acompanhou o ritmo: +26%, chegando a R$ 19.791 em média — o mais alto entre as capitais.
💬 Dá pra chamar de bolha? Ainda não. Mas o dado mostra que o litoral premium está virando novo centro de desejo do investidor imobiliário.
🌆 São Paulo reforça o título de “gigante do setor”
Mesmo com concorrência forte, São Paulo segue como epicentro do mercado nacional. O VGV de vendas cresceu 64%, atingindo R$ 42,5 bilhões. O metro quadrado valorizou 10%, alcançando R$ 15.886.
🏗️ Em outras palavras: o apetite por imóveis na capital não arrefeceu nem com crédito caro. O segmento médio e alto padrão sustentou o crescimento — mostrando que quem tem renda disponível segue apostando em tijolo.
🌅 Recife, Salvador e Porto Alegre surpreendem com ritmo de capital grande
No Nordeste, Recife teve um salto de 98% nos lançamentos e 59% nas vendas — além de uma valorização de 11% no metro quadrado, que chegou a R$ 11.199. Salvador cresceu 57% no VGV de vendas, e Porto Alegre, 38%.
Ou seja: o crescimento se espalhou pelo mapa — o que indica um setor mais equilibrado regionalmente, algo raro em ciclos anteriores.
💡 “Mesmo com Selic em 15%, o mercado resistiu”
O presidente da ABRAINC, Luiz França, resumiu: “O aumento generalizado do VGV mostra uma demanda aquecida, consolidando o Brasil como um mercado de oportunidades no setor”.
E há motivos estruturais por trás disso:
49% dos brasileiros pretendem comprar um imóvel nos próximos dois anos — o maior índice desde 2020.
A faixa etária entre 35 e 40 anos cresceu 16% na última década.
E os aluguéis subiram 63% nos últimos cinco anos — o dobro da inflação.










