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Suíça ergue o edifício 3D mais alto do mundo; veja o vídeo

  • Foto do escritor: Redação Liga News
    Redação Liga News
  • 10 de out.
  • 3 min de leitura
Com 30 metros de altura, a Tor Alva — ou Torre Branca — redefine os limites do concreto impresso em 3D e mostra até onde a arquitetura digital pode ir.

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Quem diria que o futuro da construção nasceria em Mulegns, uma vila suíça de poucas centenas de habitantes? Pois foi lá que, em maio de 2025, ergueu-se a Tor Alva, o edifício impresso em 3D mais alto do planeta, 30 metros de pura engenharia e robótica.

A estrutura abriga um teatro em forma de cúpula e já virou símbolo cultural da região. Não é só uma obra: é uma provocação à maneira tradicional de construir.

🤝 Uma torre feita de bits, concreto e colaboração

Nada disso seria possível sem um exército de mentes conectadas. O projeto foi liderado pelo Digital Building Technologies (DBT), grupo da ETH Zurich, e reuniu engenheiros, arquitetos, cientistas de materiais e especialistas em robótica.

O resultado? Um edifício que mais parece ter saído de um laboratório de ficção científica — com colunas únicas, paredes finas e um sistema modular pensado para ser desmontado e remontado no futuro.

2.500 camadas depois...

A Tor Alva é composta por 2.500 camadas de concreto extrudado, cada uma com apenas 10 milímetros de altura. Foram necessárias 900 horas de impressão e dois robôs trabalhando em sincronia:

  • um para extrudar o concreto camada por camada,
  • outro para posicionar o aço de reforço no intervalo entre elas.

Um balé robótico. Preciso, eficiente e quase poético.

💪 Concreto impresso e (finalmente) reforçado

Durante anos, o concreto impresso em 3D serviu apenas para elementos decorativos — nada estrutural. Mas o DBT decidiu desafiar essa limitação.

Após testes e ensaios complexos (como o Modified Slant Shear Test), o grupo conseguiu integrar aço e protensão às camadas impressas, garantindo resistência semelhante ao concreto convencional.

Resultado: o primeiro edifício de múltiplos pavimentos do mundo com concreto 3D totalmente estrutural e reforçado.

🤖 Impressão sem fôrmas, desperdício zero

A tecnologia usada elimina o uso de fôrmas — um dos grandes vilões do desperdício na construção. Cada coluna tem trajetórias contínuas de 5 mil metros de concreto, com três camadas de filamentos: ornamental, de reforço e oca.

A precisão permitiu reduzir em 40% o consumo de material, uma economia que vai muito além da estética.

🌍 Sustentabilidade na prática (e no concreto)

Mesmo com uma pegada de carbono inicial maior, a Tor Alva compensa no longo prazo.

Suas paredes finas absorvem CO₂ mais rapidamente, e o projeto é monitorado em tempo real para medir a recaptura de carbono.

Ah, e para evitar corrosão, todo o reforço é feito com aço inoxidável — nada de ferrugem suíça por aqui.

💻 Gêmeo digital: o canteiro sem papel

Nada de pranchetas. O projeto foi gerado integralmente por código. Cada detalhe é parametrizado, permitindo simulações, ajustes e controle total da execução.

Tudo está integrado a um gêmeo digital, que gerencia da estrutura à iluminação. O resultado é uma obra sem um único desenho técnico em papel — a construção virou algoritmo.

🔁 Circularidade: desmontar é o novo construir

A Tor Alva é efêmera por definição: foi pensada para ser desmontada após cinco anos e remontada em outro local. Nada de demolição, entulho ou desperdício.

Em tempos de sustentabilidade discursiva, é raro ver um projeto que literalmente se desmonte com propósito.

🧠 O que essa torre ensina à construção civil?

Que inovação não depende de escala, mas de visão. Enquanto boa parte do mundo ainda discute como reduzir custo de fôrma e cimento, uma vila nos Alpes suíços mostrou que a arquitetura do futuro pode ser leve, digital e circular.

A Tor Alva não é apenas uma torre branca: é um sinal claro de que a construção do amanhã já começou a ser impressa.


 
 
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