No alto padrão de SP, quem dita o preço é o bem-estar (e o arquiteto)

No alto padrão, o metro quadrado deixou de ser só endereço e tamanho — hoje é luz natural, silêncio, design assinado e ambientes que “calibram” até o humor.

O Parque Global, com VGV de R$ 14 bi, terá até centro de oncologia do Einstein, salões de beleza e banho & tosa para pets. Foto: Divulgação.

No altíssimo padrão de São Paulo, não basta mais ter metragem generosa e localização top. Para seduzir o cliente — cada vez mais exigente —, as incorporadoras estão apostando pesado em wellness, conveniência e design de autor.

🧘‍♂️ Piscinas de imersão, spas que poderiam estar num cinco estrelas e estúdios de pilates deixaram de ser mimo: viraram pré-requisito. E os banheiros? Agora têm sauna, banheira de gelo e aquele ar de refúgio particular.

Segundo Daniel Ribeiro, CEO da incorporadora G.D8, em entrevista para o Metro Quadrado, o luxo de hoje é o que “provoca impacto hormonal positivo”: luz natural, ventilação, vegetação e materiais que acalmam serotonina e cortisol.

Dentro de casa, ganharam força as salas de hobbies. Para pintar, tocar piano, criar. “Essa ocupação salvou muita gente na pandemia”, diz a arquiteta Fernanda Marques.

Nos condomínios, a academia virou prioridade — e não mais o que sobra de planta. “Começamos o prédio por ela”, diz Luciano Amaral, CEO da Benx. O Parque Global, com VGV de R$ 14 bi, terá até centro de oncologia do Einstein, salões de beleza e banho & tosa para pets.

🏗️ E há ainda outro diferencial: quem assina o projeto.

Segundo Marcello Romero, da Bossa Nova Sotheby’s, clientes chegam perguntando o nome do arquiteto antes de saber o resto. Se é renomado, o prédio pode valer 30% mais. E virar um ícone.