Um imposto novo. E um problema de bilhões para a construção
- Redação Liga News

- 18 de jun.
- 2 min de leitura
Mudança na tributação de CRIs e LCIs pode impactar profundamente o custo de capital no setor imobiliário. Direcional e Cyrela estão entre as mais expostas, segundo o Goldman Sachs.

Uma nova MP assinada pelo governo federal reacendeu o alerta no setor imobiliário. A medida prevê tributar em 5% os investimentos que hoje são isentos, como LCI, CRI, LIG e FII — todos amplamente usados para financiar o mercado de imóveis.
O alvo direto: os papéis emitidos a partir de 2026.
O impacto: aumento no custo da dívida para construtoras e menos atratividade para o investidor.
Por que isso importa?
LCIs, CRIs e similares ganharam espaço nos últimos anos, enquanto o SBPE (financiamento com base na poupança) encolhia.
Em 2022, esses instrumentos somavam 34% do crédito imobiliário. Agora, em 2024, já são 41% de um mercado de R$ 2,4 trilhões.
🏦 O principal motor desse avanço:
LCIs subiram 69%
CRIs avançaram 53%
Se a tributação avançar no Congresso, o risco é travar uma engrenagem que vinha ganhando força.
Quem perde mais?
O impacto não será igual para todas as construtoras. Segundo o Goldman Sachs, quem mais depende de CRIs será mais afetado.
Veja o raio-x por empresa:
Construtora | % da dívida em CRI | Aumento estimado no custo total da dívida |
Direcional (DIRR3) | 84% | +60 bps (de 12% para 12,6%) |
Cyrela (CYRE3) | 55% | +40 bps (de 11,6% para 12%) |
Eztec (EZTC3) | 55% | +30 bps (de 12,3% para 12,6%) |
MRV (MRVE3) | 53% | +40 bps (de 11,9% para 12,3%) |










