Residenciais sênior ganham força no Brasil com foco em bem-estar e longevidade
- Redação Liga News
- há 2 dias
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Com a população 60+ crescendo, moradias assistidas se tornam nova aposta de incorporadoras — e novo estilo de vida para quem pode pagar.

O Brasil está envelhecendo: e rápido. De 2010 a 2022, a população com 60 anos ou mais cresceu 52%, chegando a 33 milhões de pessoas. Em 45 anos, os idosos serão 35% dos brasileiros.
👵👴 E com esse novo perfil demográfico, surge uma nova demanda no mercado imobiliário: moradias que cuidam, e acolhem, quem chegou na terceira idade.
Em Palhoça (SC), a Hurbana e a DOM Senior Living estão construindo o LOMA Pedra Branca, um residencial exclusivo para maiores de 60 anos. São 110 unidades de até 90 m², com investimento inicial de R$ 70 milhões e entrega prevista para 2026.
Mas o diferencial vai além da arquitetura: o prédio oferece um programa completo de longevidade, com avaliação médica, acompanhamento psicológico, fisioterapia e oficinas de memória. Tudo incluso no pacote de R$ 11.900 mensais.
“Se uma pessoa vem morar com a gente com 80 anos, a chance dela viver até os 100 é enorme. Queremos encher esses 20 anos de propósito”, diz Renata Stringhini, CEO da DOM, em entrevista ao Estado de S. Paulo.
🧠 Vida ativa, não assistida
O conceito de “senior living” já é consolidado nos EUA e começa a tomar forma no Brasil.
Segundo Martin Henkel, CEO da SeniorLab, o foco dos novos empreendimentos é estimular a independência. Isso significa mais do que rampas e corredores largos: estamos falando de experiências que tiram o idoso do quarto e colocam ele de volta à vida.
Hortas, varandas com jardineiras, salas de leitura, atividades físicas e até sistemas inteligentes de monitoramento são pensados para garantir segurança e autonomia.
A arquiteta Flávia Ranieri explica que o projeto começa no mobiliário e termina nas emoções: “Criamos espaços para contemplação, acolhimento e convivência — tudo o que faz alguém querer viver mais.”