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Engenharia em crise? Número de formandos no Brasil cai quase 30% em 5 anos

  • Foto do escritor: Redação Liga News
    Redação Liga News
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura
Formações longas, pouco práticas e falta de apoio financeiro afastam jovens da engenharia e isso já preocupa o setor.

Falta de engenheiros no Brasil acende alerta: número de formandos cai quase 30% em 5 anos
O número de formados em engenharia no Brasil caiu de 128 mil para 93 mil entre 2018 e 2023. Gráfico: Valor Econômico.
Enquanto o mundo corre para formar engenheiros e acelerar inovações, o Brasil está indo na direção contrária. Em 2018, quase 129 mil estudantes se formaram em cursos de engenharia no país. Em 2023, foram apenas 93 mil. Uma queda de quase 30% em cinco anos.

🚨 O alerta não é apenas educacional — é também econômico.

Segundo Vinicius Marchese, presidente do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), se essa curva de queda continuar, o Brasil pode enfrentar até 2030 um gargalo de 1 milhão de engenheiros. E o impacto vai muito além das salas de aula: “isso afetaria demais a economia do país”.

📉 Mas por que os jovens estão desistindo?

A reportagem do Valor Econômico ouviu especialistas e reuniu os principais motivos:

  • O custo: com duração média de 5 anos e carga horária integral, engenharia costuma ser mais cara que outras formações;
  • A falta de financiamento: o Fies já foi de R$ 17,7 bilhões em 2018. Em 2024, caiu para R$ 6,4 bilhões;
  • A baixa qualidade do ensino básico, especialmente em matemática: 73% dos estudantes brasileiros têm desempenho fraco na disciplina — base de toda a engenharia;
  • E um currículo pouco conectado com a realidade: muita teoria no começo, pouca prática e pouco “mão na massa”.

💡 O resultado? Os jovens pulam fora. E não é por preguiça.

Como resume Rodrigo Capelato, diretor do Semesp: "Fazer 13 anos de escola, mais 5 de faculdade, para só depois começar a trabalhar, não cabe mais no tempo da nova geração".

👷‍♀️👷‍♂️ E enquanto o Brasil forma 5,5 engenheiros por mil habitantes, EUA e Japão formam 25 por mil. Estamos ficando para trás: e rápido.

A boa notícia: há gente se mexendo. O CIEE, a USP e outras instituições estão discutindo novos currículos, mais conectados com o mercado e com certificações modulares — para que o aluno possa trabalhar e estudar ao mesmo tempo.

📌 Por que isso importa?

Porque não há infraestrutura, transição energética, construção civil, logística ou inovação sem engenheiros. E porque sem atrair (e formar) mais gente para esse setor, o Brasil corre o risco de travar onde mais precisa avançar.

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