Déficit de engenheiros se agrava e força mudanças no ensino da engenharia no Brasil

Com apenas 6% dos universitários em cursos de engenharia, setor da construção civil sente impacto da escassez de profissionais qualificados.

Com dificuldade para contratar engenheiros, setor da construção civil enfrenta déficit de 75 mil profissionais no Brasil. MEC anuncia novas regras para cursos de engenharia.

Quem empreende ou trabalha com construção civil sabe: engenheiros qualificados são figuras cada vez mais escassas no Brasil.

• Uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas aponta que 82% das empresas da construção estão com dificuldade de contratar novos trabalhadores.

👷 Profissional com experiência então? Está mais difícil ainda de encontrar; 70% dos empresários dizem que não conseguem mão de obra qualificada.

Um dos motivos: Apenas 6% dos universitários brasileiros estão matriculados em cursos de Engenharia.

📉 Mas não é só isso... Segundo o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), entre 2014 e 2020, houve uma queda de 44,5% nas matrículas em cursos presenciais de engenharia nas universidades particulares.

Esse déficit contrasta com a crescente demanda em áreas como engenharia de software, ambiental e civil. Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizado em 2023, estima que o Brasil tenha um déficit de 75 mil engenheiros.

E mudanças vem ai… o MEC não vai mais aceitar cursos de engenharia 100% EAD. Nesta terça-feira, o Ministério publicou portarias com regras específicas para o curso de Engenharia. Essas áreas poderão ser oferecidas na modalidade semipresencial, mas terão carga horária presencial maior do que outras.

O que é o curso semipresencial? É uma modalidade que deverá ter pelo menos 40% de atividades presenciais e 20% de atividades presenciais ou síncronas mediadas. Os demais 40% das horas poderão ser remotas, sem transmissão ao vivo.

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