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Brasil e China avançam no mega corredor ferroviário que liga o Atlântico ao Pacífico

  • Foto do escritor: Redação Liga News
    Redação Liga News
  • 8 de jul.
  • 2 min de leitura
Uma rota de 4.500 km que pode encurtar em até 10 dias o caminho da soja e do minério brasileiro até a Ásia.

Mapa com traçado do corredor ferroviário bioceânico Brasil-Perú. Foto: Reprodução.
Mapa com traçado do corredor ferroviário bioceânico Brasil-Perú. Foto: Reprodução.
O governo brasileiro deu mais um passo no projeto do corredor ferroviário bioceânico Brasil-Peru, ao firmar nesta semana um memorando com China e Peru.

Do lado brasileiro, a estatal Infra S.A., vinculada ao Ministério dos Transportes, vai coordenar estudos técnicos, ambientais e institucionais. Já o lado chinês fica com o China Railway Economic and Planning Research Institute, braço de planejamento do gigante asiático.

🏗️ Como será o trajeto

O traçado começa no novo porto de Chancay, no Peru, a 70 km de Lima — maior investimento chinês fora da Ásia, com US$ 3,5 bi aplicados pela estatal Cosco Shipping.

De lá, a ferrovia corta Cusco e Pucallpa, cruza o Acre e entra no Brasil por Rio Branco, seguindo por Rondônia até o Mato Grosso, onde encontra a Fico (Ferrovia de Integração Centro-Oeste).

De Mato Grosso, a malha segue pela Fiol, atravessa Goiás e termina no porto Sul de Ilhéus (BA). No total, são 4.500 km de trilhos, formando um dos maiores corredores ferroviários do mundo.

⏱️ O impacto na logística

Hoje, boa parte das exportações brasileiras rumo à China (US$ 350 bi/ano, sendo 60% minério e soja) saem pelo Atlântico e dão a volta até o Pacífico. A ferrovia pode reduzir em até 10 dias o trajeto, encurtando o caminho do Centro-Oeste até os mercados asiáticos.

Para o agro, isso significa menos frete, menos tempo parado e mais competitividade global.

🚚 E a rota rodoviária com o Chile?

Enquanto o corredor ferroviário avança nos memorandos, o Corredor Bioceânico rodoviário (via Paraguai e Argentina) está saindo do papel com força.

A ponte entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (PY) deve ficar pronta até maio de 2026, destravando a ligação que chega aos portos chilenos de Antofagasta e Iquique.

O trajeto tem cerca de 2.400 km desde Campo Grande, muito menos do que o caminho atual via Rio Grande do Sul.

💰 Investimento, China e futuro

O memorando também abre espaço para mais investimentos chineses em ferrovias, portos e hidrovias brasileiras.

O secretário nacional de transporte ferroviário, Leonardo Ribeiro, resumiu: “Esse acordo dá ainda mais segurança para atrair novos investimentos.

A expectativa é que a China repita aqui o movimento já consolidado no setor elétrico — e amplie ainda mais a presença no nosso backbone logístico.
 
 
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