Geração Z dobra no Minha Casa Minha Vida e muda perfil do mercado

Geração Z já responde por 61% dos contratos do Minha Casa Minha Vida na MRV — número que revela menos ostentação e mais busca por segurança, mesmo com juros altos.

“A forma como o imóvel é vendido também impacta a decisão de compra das gerações mais novas”/ Crédito: Queenmoonlite Studio/AdobeStock.

A Geração Z — jovens de 18 a 30 anos — virou protagonista no Minha Casa Minha Vida. Há cinco anos, eles eram 28,3% dos contratos na MRV, hoje são 61,4%. É mais que o dobro e mostra como esse público está antecipando o sonho da casa própria.

Segundo Thiago Ely, diretor da MRV, isso é fruto de mais acesso à educação financeira, maior valorização da independência e do fortalecimento do MCMV, principalmente com a Faixa 4.

💰 Um movimento que tem raízes (e cicatrizes)

A influenciadora Nath Finanças explica o peso histórico dessa decisão.“Quem nunca teve um lar, está em busca de um lar”, resume.Boa parte dos jovens que financiam hoje viu os pais enfrentarem despejos, mudanças constantes e insegurança. E não querem repetir a história.

Para muitos, é menos sobre investir ou alugar e mais sobre ter paz: “Claro que o imóvel não é 100% seu, é do banco enquanto paga, mas a chance de ser despejado é muito menor”, aponta Nath.

📊 E mesmo com Selic em 15%?

A taxa de juros alta aperta — e muito. Mas Nath defende que, para quem viveu na pele a instabilidade, vale o esforço. O caminho, porém, não é fácil:

✅ Envolve abrir mão de gastos, limpar o nome, usar FGTS na entrada e comprovar renda.

✅ E, claro, se enquadrar no MCMV, que oferece taxas menores e subsídios.

No fim, a Geração Z está reescrevendo o mercado imobiliário. E não por hype: é porque querem, finalmente, chamar um lugar de lar.